sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Populismo vs. Prosperidade da Nação

Um governo serio, forte e competente poderia durar 4, 8 ou mais anos. Um fraco, incompetente deveria cair em 1 mês.  O Brasil é um país hoje em que a administração política está anulada. Um governo que tem dez partidos com 320 deputados, e nenhum partido tem fidelidade ao governo, nenhum deputado tem fidelidade ao partido.

Discursos demagógicos e populista no mundo, com a guerra fria duas forças se confrontaram para se tornar preeminente, surgiu o discurso da luta de classes e o confronto de empregados versus patrões. 

As forças surgidas nestas circunstancias ascenderam o poder, democracia de mercado e socialismo que criaram leis demagógicas que em vez de favorecer a prosperidade coletiva, que a bem da verdade, nunca foram realmente criadas para tal, continuam impedindo o surgimento de um verdadeiro estado de direito, e por fim cooptadas pelo PODER ancestral que domina verdadeiramente a riqueza nacional, repetiram os mesmos erros que combatiam.

Sem legitimidade os verdadeiros interesses da Nação são relegados as pautas não prioritárias de interesse popular e vigoram os discursos demagógicos e populistas, tanto da dita esquerda qdo da direita. Tanto um como outro do espectro da vida politica brasileira sem representatividade e sem projeto sócio-economico, são incapazes de erradicar a burocracia e estabelecer uma administração, tal como acontece nas empresas particulares, de capacitação e mérito profissional, inviabilizando desta maneira a prosperidade da Nação. Assim os discursos demagógicos se espalham de forma sistêmica por toda sociedade e mantem o Brasil de mãos amarradas, de acordo com o paradigma de desenvolvimento que o Brasil esta submetido, jamais fara parte das Nações do primeiro mundo, esta destinado a submissão de uma sociedade governada por uma elite que não permite esta ascensão, a justiça social e a distribuição de renda sera um eterno anseio jamais realizado.

Todo o sistema de governança do Brasil é ilegitimo , em razão de negar de forma contraditória a democracia que diz defender, sem representatividade não existe legitimidade. Diz se que a democracia no Brasil é a indireta, mesmo esta é falsa porque o sistema eleitoral é um engodo, muito politico assume cargo sem ter votos para tanto, neste sentido sim é indireto, é quase um deboche e um dos motivos da corrupção. E a coisa ta tão encracalada, tão enraizada como junção histórica, que nem os períodos ditatoriais conseguiram extirpar este câncer da vida brasileira. A única coisa que os períodos ditatoriais conseguiram evitar é que o Brasil se tornasse algo parecido com Cuba, Argentina ou Venezuela.

A politica no Brasil sempre foi incapaz de unir os variados interesses da sociedade, e, por suas riquezas, sempre foi cobiçado pelas demais potências do mundo. A política brasileira é, portanto, muito complexa e os interesses políticos sempre divididos. Somente por períodos curtíssimos, estas forças heterogêneas estiveram de alguma forma convergentes, por esta razão, jamais houve projetos de desenvolvimento de longa duração. Sem projeto de longa duração a politica no Brasil, além de ser ilegítima, no sentido de reverberar os anseios popular, sempre foi uma politica das circunstancias, impedida de como sempre foi, de agregar os diversos interesses num sentido único no intuito da prosperidade de todos.

Lamentável, triste desanimador qdo se percebe a extraordinária capacidade de um povo valoroso, criativo e dinâmico como o brasileiro, desperdiçado desde os primórdios da colonização, protelando indefinidamente o direito da Nação ocupar seu espaço dentre as grandes Nações do mundo. E tudo por mesquinharias e ganancia de uma elite que rouba e não pode aproveitar do espolio, porque tem que manter escondido o roubo e no muito das vezes, para simplesmente continuar roubando, mesmo que a morte o impeça definitivamente de aproveitar a fortuna amealhada. O que adianta uma fortuna conseguida deste jeito, senão se pode ostentar, usufruir.

Por falta de projeto de Nação, a figura do salvador da pátria foi uma constante na historia do Brasil e geralmente tais salvadores, apenas acentuaram as diferenças e manteram as possibilidades da distribuição da renda nacional um sonho distante. Desta maneira a corrupção veio num crescente até os dias atuais eclodindo recentemente, expondo as pústulas que não tinham mais como esconder. Os miasmas atingiram principalmente o atual governo, que se debate para se manter no poder. O que aconteceu? Realmente.

O que mudou?

De um momento para outro todo o arcabouço, solidamente instalado do assalto da riqueza da coisa publica, desmanchou, como manteiga sob o calor.

É motivo para teses academicas e estudos de antropologia.

O que realmente aconteceu?

Afirmar de que o mundo ruiu porque é o PT que esta no poder, merece maiores considerações. Sera mesmo? Sera que fosse outro partido no poder a coisa toda não eclodiria, da mesma maneira?

Sera que a nova geração de magistrados, juizes, delegados da PF, promotores agiriam de forma diferente se fosse outra agremiação politica no poder?

Uma coisa é certa foram com muita sede ao pote...

Não é inteligente querer roubar no grito. Enquanto os mais espertos roubam uma fatia do bolo  roubaram o bolo inteiro. Mataram a galinha dos ovos de ouro....

Intui-se necessário estabelecer um pacto com as forças produtivas para conseguir-se um novo norte para o destino da Nação. Para se tornar possível tal pacto seria necessário desmontar todo um arcabouço de pseudo socialismo que se tentou implantar, conjugado com a irresponsabilidade daqueles que administraram a economia e que remonta ao fracasso do sistema economico atual.

Uma coisa esta conjugada com a outra. Como tentar um pacto agora com as forças produtivas se tudo que fizeram nas ultimas décadas foi um desmonte persistente e inflexível destas forças?

É verdade que os fortes partidos comunistas da França e da Itália não eram muito simpáticos à ideia de uma economia de pleno emprego porque isso de uma certa forma retardava as condições para a revolução proletária a seu ver inevitável. E o que vem fazendo os políticos, desde então? Institui-se leis de cunho demagógico no próprio proveito, prejudicando reiteradamente esta mesma força que agora se tenta cooptar.

Claro, quem, em sã consciência, pode repelir a ideia do pleno emprego? De fato, nos anos gloriosos do pós-guerra as políticas keynesianas de pleno emprego reinaram absolutas na Europa Ocidental. Houve momentos, na Alemanha e na França, em que a taxa de desemprego ficou próxima de 1%. O mesmo ocorreu no Japão. Foi considerado a era gloriosa do capitalismo, conciliando interesses do capital e do trabalho. O que acontecia então nos chãos das fabricas e nos departamentos de venda das industrias? O patrão não era considerado o inimigo a ser combatido, o explorador de pobrezinhos empregados desprotegidos. De la pra ca, regeram a orquestra de forma intermitente, batendo na mesma tecla da proteção do empregado contra patrões desalmados, instituíram-se leis que confrontavam diretamente os custos da produção sem se importar com quem pagaria a fatura, isto acontece até hoje, a ultima aqui no Brasil com as empregadas domesticas.

O caso das empregadas domesticas é o exemplo mais recente desta distorção que beneficia somente os políticos que lutam por si mesmos para ficarem bem na foto. Usar a empregada domestica como exemplo de justiça trabalhista é de uma ineficácia real e factual, dizer que se pretende esperar o filho da empregada domestica, estudando junto com o filho do patrão, faz parte do discurso populista que levaram as sociedades latino americana para o buraco que se encontram. É fumaça, desprezando as graves questões estruturais que verdadeiramente boicotam com qualquer avanço social.
As leis trabalhistas no Brasil, verdadeiramente desestimulam e afastam as possibilidades de implantação de um mercado solido, bem estruturado e justo. Ao apertar o garrote dificultando as possibilidades do empreendimento o que acontece é que o crescimento que traria a justiça social é na verdade boicotado. É o contrario que acontece, leis que deveriam distribuir justiça, tornam-se criadoras de guetos, privilegiando alguns trabalhadores e excluindo a maioria.
O caso das empregadas domesticas se tornou exemplar neste assunto. Enquanto algumas poucas, ganharam tudo, ou aparentemente ganharam, porque tem que pagar pelos pretensos direitos, a maioria não ganhou nada, muito pelo contrario, perderam o pouco que tinham. Dizimaram com as oportunidades de algum ganho, mesmo que precário de outras milhares de empregadas. E as agruras sem limites que as atuais patroas tem passado com a burocracia para legalizar a situação de suas empregadas?
Qdo era jovem o ambiente de trabalho era muito diferente do que é hoje, os funcionários eram considerados parte da estrutura que existia para conquistar o mercado através da produtividade e da melhor capacitação frente ao concorrente. A fidelidade do empregado diante da empresa era indiscutível. 
A coisa de vestir a camisa, a paixão do torcedor hoje com seu time de futebol era os sentimento que o empregado sentia com a empresa que trabalhava. A greve era sinal de traição. Lembro que era estagiário de vendas na antiga Bozzano, que posteriormente foi vendida para a Revlon americana, de qdo surgiu uma greve na fabrica, como nosso departamento era mais próximo da diretoria, sentíamos na pele a animosidade que se instalou, até brincávamos entre nós da aderência ao movimento e do disparate da possibilidade, era como se um recruta desertasse em pleno campo de batalha. Lembro que nas gondolas dos S.Mercados se travavam batalhas diárias entre os estagiários de venda de empresas rivais, para melhor se expor os produtos. O funcionário era valorizado e até disputados pelos concorrentes.
Hoje os funcionários são inimigos dos próprios empregadores, isto muito por culpa de uma legislação trabalhista que o induz a extorquir quem lhe da condição de levar o sustento para sua família. Jurisprudencia dos tribunais que institucionalizou a extorsão. Qualquer sujeito, faça parte ou não do regime da CLT, consegue entrar na justiça exigindo “direitos” inexistentes. O que se procura hoje é parasitar a empresa que trabalha, não existe qualquer motivação como se não existisse futuro, o que interessa é o seguro desemprego até o próximo emprego.
Sem a vontade nem a legitimidade para interromper a espiral infernal na qual a demagogia meteu o país, governo algum terá condições de recuperar a confiança empresarial, imprescindível para o restabelecimento da estabilidade econômica.

A ideologia dos direitos sociais levando em consideração a tal luta de classes e o confronto com o patrimonialismo, caducou, principalmente aqui no Brasil, que o fisiologismo, a corrupção e o oportunismo politico corre solto.


Vai ser difícil reverter a situação que a demagogia jogou o setor produtivo e toda a Nação.

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