segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Assim fica parecendo que até 1970 todos estavam numa boa usufruindo de seus direitos trabalhistas, quando um bando de capitalistas malvados se reuniu para tramar o fim da sociedade do bem-estar social e restaurar a exploração sem limites dos trabalhadores. 

O que aconteceu foi o seguinte: o welfarestate teve princípio, apogeu e decadência. É preciso lembrar que, ao contrário do que apregoam os sindicalistas, as benesses previdenciárias não saem do bolso dos patrões, mas sim do bolso dos empregados, são eles próprios que financiam a sua previdência. 

Para o patrão é indiferente: o valor que ele desembolsa para ter empregados é determinado pelo mercado de trabalho, e não pela legislação trabalhista. Essa vai decidir apenas qual percentual desse montante será entregue diretamente ao empregado, e quanto será entregue ao Estado na forma de contribuições várias (encargos trabalhistas). 

Se o governo inventa um novo encargo, o patrão meramente o desconta do valor bruto do salário que é oferecido. Foi assim quando tornou-se obrigatório o 13o salário: os patrões passaram a dividir o valor que se dispunham a pagar anualmente por 13, ao invés de 12. Foi assim quando o governo instituiu o FGTS das domésticas. Ou então o patrão simplesmente não contrata, e a economia entra em estagnação.


Para o trabalhador, o que é melhor? Receber uma quantia inteira nas mãos, sem direito algum, ou receber um valor descontado, mais um pacote de direitos? Depende da qualidade desses direitos. Se forem ruins, por certo o trabalhador preferirá receber mais grana e ele próprio fazer um plano de aposentadoria, de saúde e tudo o mais. 

Foi o que aconteceu nos países ricos lá pelos fins dos anos 70: os encargos haviam ficado tão pesados que não valiam mais a pena. Os patrões deixaram de investir, a economia estagnou e muitos perderam o emprego. 

Foi por isso que o eleitorado deu apoio aos reformistas ditos neoliberais, como Reagan nos EUA e Thatcher na Inglaterra, que tiraram suas respectivas economias do atoleiro. Aqui no Brasil, onde a regra é ir do princípio à decadência sem passar pelo apogeu, os direitos trabalhistas receberam tantos incrementos a partir da constituição de 1988 que deixaram de ser compensatórios. Muitos trabalhadores preferiram sair da CLT e receber na mão o valor integral determinado pelo mercado de trabalho, e arcar eles próprios com sua previdência. Outra saída foi a terceirização, que sempre existiu (não foi instituída por reformas nos anos 90) mas que teve grande expansão desde então como forma de contornar custos trabalhistas rebarbativos, isso quando não era simplesmente proibido contratar, caso das companhias estatais que só podem contratar por concurso mas que necessitam de funcionários, que só podem ser obtidos pela via da terceirização.

Os negócios precisam cada vez menos de pessoas para funcionarem: o trabalho na indústria, comércio e serviços está sendo automatizado. Se as empresas se animarem a usar o (farto) crédito disponível para investimentos, vão investir em tecnologia, computação, internet, robôs. Tudo isso tira empregos humanos e, ao contrário do passado, a tecnologia está tão potente que não cria novos postos de trabalho num segundo momento ou em outros setores: ela toma conta de quase tudo. As pessoas estão ficando supérfluas nos processos de produção e circulação de serviços e mercadorias. 

Mas quantos casos temos ouvido de empresas, de todos os portes, pequenas, médias e grandes, que têm suas contas correntes bloqueadas para satisfazer reclamações trabalhistas, muitas vezes ainda não finalizadas? Muitas delas não tiveram, em decorrência desses bloqueios "on line", condições de pagar as contas e encontram-se em enormes dificuldades.


O jornal a "Folha de S. Paulo" trouxe matéria, mostrando que já foram bloqueados mais de R$ 40 bilhões "on line", o que tem tornado a vida dos empresários e das empresas, um verdadeiro inferno, pois é praticamente impossível recuperar os recursos que serviriam em 99% dos casos para a compra de matéria prima, folha, pagamento diversos etc, recursos da empresa e não do empresário como pessoa física.

Resultado: as empresas não estão mais contratando outras empresas e, pior, não fazem rescisão do contrato de trabalho, por saberem que haverá reclamação trabalhista de qualquer forma. Mais ainda, estão se defendendo, não deixando recursos em conta corrente.

O que observamos é uma divisão social, uma separação pela lei. De um lado, o empresário ou empresa, não importando se é um botequim, uma vendinha, um pequeno sitiante de galinhas, ou o Eike Batista, todos, sem exceção, são, a rigor, “exploradores” do trabalho e cidadãos que não cumprem as leis. Não conheço empresa que tenha ganho causa trabalhista. No mínimo, fez-se um acordo. Do outro lado, está o lado bom, os ditos desprotegidos. Cumpridores da leis , que são "explorados".

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Populismo vs. Prosperidade da Nação

Um governo serio, forte e competente poderia durar 4, 8 ou mais anos. Um fraco, incompetente deveria cair em 1 mês.  O Brasil é um país hoje em que a administração política está anulada. Um governo que tem dez partidos com 320 deputados, e nenhum partido tem fidelidade ao governo, nenhum deputado tem fidelidade ao partido.

Discursos demagógicos e populista no mundo, com a guerra fria duas forças se confrontaram para se tornar preeminente, surgiu o discurso da luta de classes e o confronto de empregados versus patrões. 

As forças surgidas nestas circunstancias ascenderam o poder, democracia de mercado e socialismo que criaram leis demagógicas que em vez de favorecer a prosperidade coletiva, que a bem da verdade, nunca foram realmente criadas para tal, continuam impedindo o surgimento de um verdadeiro estado de direito, e por fim cooptadas pelo PODER ancestral que domina verdadeiramente a riqueza nacional, repetiram os mesmos erros que combatiam.

Sem legitimidade os verdadeiros interesses da Nação são relegados as pautas não prioritárias de interesse popular e vigoram os discursos demagógicos e populistas, tanto da dita esquerda qdo da direita. Tanto um como outro do espectro da vida politica brasileira sem representatividade e sem projeto sócio-economico, são incapazes de erradicar a burocracia e estabelecer uma administração, tal como acontece nas empresas particulares, de capacitação e mérito profissional, inviabilizando desta maneira a prosperidade da Nação. Assim os discursos demagógicos se espalham de forma sistêmica por toda sociedade e mantem o Brasil de mãos amarradas, de acordo com o paradigma de desenvolvimento que o Brasil esta submetido, jamais fara parte das Nações do primeiro mundo, esta destinado a submissão de uma sociedade governada por uma elite que não permite esta ascensão, a justiça social e a distribuição de renda sera um eterno anseio jamais realizado.

Todo o sistema de governança do Brasil é ilegitimo , em razão de negar de forma contraditória a democracia que diz defender, sem representatividade não existe legitimidade. Diz se que a democracia no Brasil é a indireta, mesmo esta é falsa porque o sistema eleitoral é um engodo, muito politico assume cargo sem ter votos para tanto, neste sentido sim é indireto, é quase um deboche e um dos motivos da corrupção. E a coisa ta tão encracalada, tão enraizada como junção histórica, que nem os períodos ditatoriais conseguiram extirpar este câncer da vida brasileira. A única coisa que os períodos ditatoriais conseguiram evitar é que o Brasil se tornasse algo parecido com Cuba, Argentina ou Venezuela.

A politica no Brasil sempre foi incapaz de unir os variados interesses da sociedade, e, por suas riquezas, sempre foi cobiçado pelas demais potências do mundo. A política brasileira é, portanto, muito complexa e os interesses políticos sempre divididos. Somente por períodos curtíssimos, estas forças heterogêneas estiveram de alguma forma convergentes, por esta razão, jamais houve projetos de desenvolvimento de longa duração. Sem projeto de longa duração a politica no Brasil, além de ser ilegítima, no sentido de reverberar os anseios popular, sempre foi uma politica das circunstancias, impedida de como sempre foi, de agregar os diversos interesses num sentido único no intuito da prosperidade de todos.

Lamentável, triste desanimador qdo se percebe a extraordinária capacidade de um povo valoroso, criativo e dinâmico como o brasileiro, desperdiçado desde os primórdios da colonização, protelando indefinidamente o direito da Nação ocupar seu espaço dentre as grandes Nações do mundo. E tudo por mesquinharias e ganancia de uma elite que rouba e não pode aproveitar do espolio, porque tem que manter escondido o roubo e no muito das vezes, para simplesmente continuar roubando, mesmo que a morte o impeça definitivamente de aproveitar a fortuna amealhada. O que adianta uma fortuna conseguida deste jeito, senão se pode ostentar, usufruir.

Por falta de projeto de Nação, a figura do salvador da pátria foi uma constante na historia do Brasil e geralmente tais salvadores, apenas acentuaram as diferenças e manteram as possibilidades da distribuição da renda nacional um sonho distante. Desta maneira a corrupção veio num crescente até os dias atuais eclodindo recentemente, expondo as pústulas que não tinham mais como esconder. Os miasmas atingiram principalmente o atual governo, que se debate para se manter no poder. O que aconteceu? Realmente.

O que mudou?

De um momento para outro todo o arcabouço, solidamente instalado do assalto da riqueza da coisa publica, desmanchou, como manteiga sob o calor.

É motivo para teses academicas e estudos de antropologia.

O que realmente aconteceu?

Afirmar de que o mundo ruiu porque é o PT que esta no poder, merece maiores considerações. Sera mesmo? Sera que fosse outro partido no poder a coisa toda não eclodiria, da mesma maneira?

Sera que a nova geração de magistrados, juizes, delegados da PF, promotores agiriam de forma diferente se fosse outra agremiação politica no poder?

Uma coisa é certa foram com muita sede ao pote...

Não é inteligente querer roubar no grito. Enquanto os mais espertos roubam uma fatia do bolo  roubaram o bolo inteiro. Mataram a galinha dos ovos de ouro....

Intui-se necessário estabelecer um pacto com as forças produtivas para conseguir-se um novo norte para o destino da Nação. Para se tornar possível tal pacto seria necessário desmontar todo um arcabouço de pseudo socialismo que se tentou implantar, conjugado com a irresponsabilidade daqueles que administraram a economia e que remonta ao fracasso do sistema economico atual.

Uma coisa esta conjugada com a outra. Como tentar um pacto agora com as forças produtivas se tudo que fizeram nas ultimas décadas foi um desmonte persistente e inflexível destas forças?

É verdade que os fortes partidos comunistas da França e da Itália não eram muito simpáticos à ideia de uma economia de pleno emprego porque isso de uma certa forma retardava as condições para a revolução proletária a seu ver inevitável. E o que vem fazendo os políticos, desde então? Institui-se leis de cunho demagógico no próprio proveito, prejudicando reiteradamente esta mesma força que agora se tenta cooptar.

Claro, quem, em sã consciência, pode repelir a ideia do pleno emprego? De fato, nos anos gloriosos do pós-guerra as políticas keynesianas de pleno emprego reinaram absolutas na Europa Ocidental. Houve momentos, na Alemanha e na França, em que a taxa de desemprego ficou próxima de 1%. O mesmo ocorreu no Japão. Foi considerado a era gloriosa do capitalismo, conciliando interesses do capital e do trabalho. O que acontecia então nos chãos das fabricas e nos departamentos de venda das industrias? O patrão não era considerado o inimigo a ser combatido, o explorador de pobrezinhos empregados desprotegidos. De la pra ca, regeram a orquestra de forma intermitente, batendo na mesma tecla da proteção do empregado contra patrões desalmados, instituíram-se leis que confrontavam diretamente os custos da produção sem se importar com quem pagaria a fatura, isto acontece até hoje, a ultima aqui no Brasil com as empregadas domesticas.

O caso das empregadas domesticas é o exemplo mais recente desta distorção que beneficia somente os políticos que lutam por si mesmos para ficarem bem na foto. Usar a empregada domestica como exemplo de justiça trabalhista é de uma ineficácia real e factual, dizer que se pretende esperar o filho da empregada domestica, estudando junto com o filho do patrão, faz parte do discurso populista que levaram as sociedades latino americana para o buraco que se encontram. É fumaça, desprezando as graves questões estruturais que verdadeiramente boicotam com qualquer avanço social.
As leis trabalhistas no Brasil, verdadeiramente desestimulam e afastam as possibilidades de implantação de um mercado solido, bem estruturado e justo. Ao apertar o garrote dificultando as possibilidades do empreendimento o que acontece é que o crescimento que traria a justiça social é na verdade boicotado. É o contrario que acontece, leis que deveriam distribuir justiça, tornam-se criadoras de guetos, privilegiando alguns trabalhadores e excluindo a maioria.
O caso das empregadas domesticas se tornou exemplar neste assunto. Enquanto algumas poucas, ganharam tudo, ou aparentemente ganharam, porque tem que pagar pelos pretensos direitos, a maioria não ganhou nada, muito pelo contrario, perderam o pouco que tinham. Dizimaram com as oportunidades de algum ganho, mesmo que precário de outras milhares de empregadas. E as agruras sem limites que as atuais patroas tem passado com a burocracia para legalizar a situação de suas empregadas?
Qdo era jovem o ambiente de trabalho era muito diferente do que é hoje, os funcionários eram considerados parte da estrutura que existia para conquistar o mercado através da produtividade e da melhor capacitação frente ao concorrente. A fidelidade do empregado diante da empresa era indiscutível. 
A coisa de vestir a camisa, a paixão do torcedor hoje com seu time de futebol era os sentimento que o empregado sentia com a empresa que trabalhava. A greve era sinal de traição. Lembro que era estagiário de vendas na antiga Bozzano, que posteriormente foi vendida para a Revlon americana, de qdo surgiu uma greve na fabrica, como nosso departamento era mais próximo da diretoria, sentíamos na pele a animosidade que se instalou, até brincávamos entre nós da aderência ao movimento e do disparate da possibilidade, era como se um recruta desertasse em pleno campo de batalha. Lembro que nas gondolas dos S.Mercados se travavam batalhas diárias entre os estagiários de venda de empresas rivais, para melhor se expor os produtos. O funcionário era valorizado e até disputados pelos concorrentes.
Hoje os funcionários são inimigos dos próprios empregadores, isto muito por culpa de uma legislação trabalhista que o induz a extorquir quem lhe da condição de levar o sustento para sua família. Jurisprudencia dos tribunais que institucionalizou a extorsão. Qualquer sujeito, faça parte ou não do regime da CLT, consegue entrar na justiça exigindo “direitos” inexistentes. O que se procura hoje é parasitar a empresa que trabalha, não existe qualquer motivação como se não existisse futuro, o que interessa é o seguro desemprego até o próximo emprego.
Sem a vontade nem a legitimidade para interromper a espiral infernal na qual a demagogia meteu o país, governo algum terá condições de recuperar a confiança empresarial, imprescindível para o restabelecimento da estabilidade econômica.

A ideologia dos direitos sociais levando em consideração a tal luta de classes e o confronto com o patrimonialismo, caducou, principalmente aqui no Brasil, que o fisiologismo, a corrupção e o oportunismo politico corre solto.


Vai ser difícil reverter a situação que a demagogia jogou o setor produtivo e toda a Nação.

domingo, 28 de agosto de 2016

As esquerdas caem no mundo todo unicamente porque o tempo de existir como alternativa de poder e ideologia politica se exauriu naturalmente. Com a queda da monarquia, o surgimento da era industrial, o positivismo de Auguste Comte e John Stuart Mill no sec. XIX, o surgimento do socialismo soviético, nasciam as condições da implantação da nova escola ideológica que daria suporte aqueles que idealizaram e se aproveitaram do novo viés de governança representado pelas esquerdas no espectro politico. Acontece que os mesmos motivos que deram condições do surgimento desta nova possibilidade de governança, lastreados na filosofia da igualdade e justiça social deixaram de existir, relegando a possibilidade politica de governança ao ostracismo e o esquecimento.

Politicos populistas no mundo todo se lançaram euforicamente em busca do poder, utilizando sofregamente da propaganda, do marqueting até alcançarem o sucesso e governaram grande parte do mundo por quase todo o século passado e parte deste.

Foi o advento das ditaduras, tanto de direita qto de esquerda, a truculência ascendeu em detrimento das oposições, direitos sociais baseados em democracia, foram solenemente ignorados institucionalizando-se o estado do terror. Nascia o paternalismo politico em lugar do direito hereditário da monarquia. Tanto um qto o outro, historicamente serviram aos detentores do poder econômico que através das crises concentram as riquezas do mundo. Quebrou-se a hierarquia, institucionalizou-se a anarquia, unicamente porque onde deixa de existir o reconhecimento do mais apto o respeito aos estratos de superioridade social e até mesmo o desprezo pelo sentido arcano da vida, predomina o descartável e o lixo do considerado imprestável. Tudo se torna substituível até mesmo a propria família.

Os Donos do PODER evidentemente não primam por solidariedade, fraternidade ou empatia com o sofrimento da turba. No mais das vezes eles replicam os anseios da população, no proprio interesse, é claro, que sabidamente não comungam com estes sentimentos altruistas.

Por honestidade intelectual, consideremos, qual o homem comum, retirado do meio da turba e alçado as culminancias do PODER, agiria de forma diferente?

A acumulação da riqueza aconteceu historicamente, como consequencia de lutas, muita vez fratricida, do baixo clero da sociedade, animados exclusivamente pela ganancia, origem de toda falência e enriquecimento do vencedor, do esperto do oportunista.

O imperador da Russia e toda sua familia foram trucidados na queda da monarquia com a ascensão da revolução sovietica. Assim que alçaram ao poder repetiram ou foram mais crueis, por ambição, do que a monarquia destituida.

Aqui no Brasil na historia recente, Forças autointituladas populares resistiram a ditadura por decadas, assim que se projetaram no poder, repetiram as mazelas deixadas pelos militares e a elite ancestral, corrupção e a decadencia politica, administratica e social só vem aumentando.

Afastar os olhos da propria decadencia e apontar a decadencia do vizinho é o que se tem feito desde sempre. O ser humano é fragil, primitivo, até selvagem. O PODER estabelece e se mantem alimentado por estas características de decadencia.

O Poder que concentra os bens deste mundo jamais sera algum dia anulado. É isto mesmo, enquanto se alimentar com nossas proprias deficiencias a concentração deste PODER só tende a se concentrar cada vez mais.

O discurso socialista perdeu-se em suas próprias contradições.
Estamos no limiar de uma nova ordem mundial.
O futuro é institucionalizar uma cultura democrática e enterrar de vez grupos, movimentos e partidos que visando interesses oportunistas de dirigentes que se pretendem vitalícios, não interessa mais e nem tem mais lugar no mundo moderno.


Vivemos novos tempos, os anseios, as demandas sociais, individuais ou das minorias, prescindem de gurus, chefes ou presidentes, as reivindicações pos internet caminham para serem exigidas pelo próprio individuo e não mais pelas instituições conhecidas.

Tentaram fazer verdadeira lavagem cerebral cultural, projetando um mundo futurístico onde a heterossexualidade se tornasse coisa do passado.

Com o surgimento da AIDS houve um retrocesso no movimento encabeçado pelo tropicalismo.
Aqui no Brasil com os últimos adventos, precursores de uma mudança sócio cultural, que ainda é incompreensível, insistem no discurso maniqueísta que não tem mais força de convencimento.
No Brasil e na américa latina.

Chavez expropriou e colocou seus burocratas para gerir as 300 empresas na Venezuela com otimos resultados, hoje não tem papel higienico e alface na Venezuela.

Aqui no Brasil por caminhos diversos mataram a galinha dos ovos de ouro.

A começar pela corrupção que historicamente tomou a proporção de verdadeira praga sistêmica, hoje não existe negocio com o poder publico nas diversas áreas administrativa, municipal, estadual e federal em que o por fora não faça parte. Como regra o menor município nos cafundós do judas so compra papel higiênico, se o comprador não levar o seu por fora. 

Como na educação das famílias, o exemplo vem de cima, não adianta o pai sugerir ao filho que não beba por ser prejudicial a saúde, fazendo isto com um copo de whiske na mão. Qto a isto parece que se inicia alguma mudança, com o fortalecimento da lava a jato, onde nunca antes na historia deste Pais, políticos e megaempresários corruptos foram mandados para a cadeia. Já é um começo. 

É um paradigma de comportamento de gestão da coisa publica que começa a ser alterado. O presidencialismo de coalisão aqui no Brasil acostumou-se com as negociatas, que permitisse a governança, que os dignos legisladores levassem considerável parcela do bolo em beneficio próprio, acontece que foram com muita sede ao pote, os mais espertos roubam uma fatia do bolo, a euforia a prepotência e a ganancia fizeram com que temerariamente perdessem o medo e roubassem o bolo inteiro. 

Conjuntamente com o velho discurso populista da esquerda, desindustrializaram, sufocaram as pequenas e médias empresas com uma legislação trabalhista esdrúxula e finalmente mataram a galinha dos ovos de ouro.

Agora, atônitos com o crime, olham aparvalhados para os lados esperando ajuda de quem?

Que os oportunistas, responsáveis pela hecatombe que vivemos, aconselhem os desempregados a procurar seus “direitos” na porta do congresso nacional.





O exemplo do partido espanhol Podemos, fundado em 2014, com uma nova dinâmica interna, baseada em círculos de decisão, e fortemente amparado nas redes sociais, inclusive para seu financiamento. Todos decidem e ninguém fala em nome do coletivo. Esta é o novo ensejo do individuo familiarizado com o mundo virtual e digitalizado.

-A soberba, o egoísmo, a impiedade, a ganância, o luxo desmedido, a luxúria, a bajulação, a concussão, a corrupção... - responde a menina, depois de cogitar por instantes. - Atrás de um trono, papai, costuma esconder-se uma avalancha de vícios que costumam matar, ainda no nascedouro, os melhores ideais que possam, presumidamente, andar pelas cabeças recém-coroadas do mundo!...

As equivocadas medidas distributivitas adotadas pelos últimos governos no Brasil, nada mais são do que um tipo de assistencialismo um pouquinho mais elaborado, o tal custo brasil criticado pela indústria afeta muito mais a base da pirâmide econômica do que o pico, mesmo porque quem decide a economia são os que se encontram neste pico. O discurso que jogou empregado contra patrão foi a causa do impasse e da crise sócio politica que trava a economia. A crise do capitalismo contemporâneo obviamente contou igualmente com a participação de um mercado desregulamentado fruto do neo liberalismo nascente que surgiu com os governos da direita.

A afirmação de que a macroeconomia depende da micro vem da constatação histórica que corrobora com isto. São ciclos, ou melhor são espirais históricas que mostram que os interesses das oligarquias são defendidos até o limite máximo de resistência das sociedades que as sustentam, a panela de pressão é controlada cuidadosamente para que não exploda inesperadamente, por isto o gostinho amargo do mais do mesmo.

As vozes das ruas, para as oligarquias, somente são ouvidas qdo sentem que a ameaça da revolta, daqueles que os sustentam, estão no limiar do descontrole e da ruptura. Sempre foi assim, os exemplos mais recentes, aconteceu na França e em seguida na Russia, a monarquia perdeu os anéis os dedos e os pescoços.

Falar em distribuição e igualdade de riqueza é heresia que se pune inevitavelmente. A igualdade é uma busca que não se realizara pela razão de que a humanidade não é homogênea, a diferença é um atributo natural do ser humano neste mundo.

Na maioria absoluta das pessoas o que se destaca é a resignação, o homem comum se contentaria com condições minimas de sobrevivencia que lhes proporcionasse alguma dignidade e conforto, mas, até isto lhes é negado.

De um lado estão os barões da elite economica, escravos de uma ganancia que dificilmente se satisfaz, de outro os oportunistas que legislam em proveito proprio.

Criar leis que beneficiem aumentos de salários sem a contrapartida na produção pode ser tudo, e geralmente é oportunismo politico, menos projetos sérios para o bem do Pais. Não tem política monetária nem política fiscal que sejam capazes de enfrentar esse problema. E assim o informalismo apareceu e se mantem, porque é impossível repartir o bolo das benesses destas leis oportunistas com todos.

Esperar que a sociedade humana, um dia se organize de forma equilibrada e equanime esta mais pra utopia do que possibilidade real.

As pessoas não possuem compreensão que abranja de forma complexa a realidade da vida que as cercam.

A sociedade humana, jamais sera justa e equilibradamente distributiva, porque as pessoas tambem, não são.

Esperar uma sociedade socialista e universalmente equilibrada é utopia.

O que se pode fazer é o que se fez historicamente até hoje, o mais forte domina e o poder se alterna naturalmente consequencia do movimento das forças politicas. Cada sociedade que possibilita aos cidadãos 
melhores condições de instrução e erudição é a que se livra mais facilmente do fundamentalismo e dos extremistas, que são os causadores dos infortunios.

As politicas econômicas que vigoram no mundo são uma mistura de Keynes e Hayek, porem o que verdadeiramente predomina, são os interesses daqueles que detem o poder.

Aqui no Brasil.
Se a consolidação das leis do trabalho que unificou a legislação trabalhista em maio de 1943, foi uma coisa boa para o sistema financeiro e para a prosperidade do País, porque ainda hoje a informalidade da classe trabalhadora é extremamente elevada e porque as empresas de grande porte e as multinacionais terceirizam a maior parte de suas atividades?

Independentemente da força politica que esteja no poder o capitalismo brasileiro é de Estado, improdutivo e caçador de rendas. Exigindo do Brasil em particular que se desdobre mais do que os outros países no mundo, para se adequar a nova ordem mundial, o capitalismo reestruturado, que exigem as sociedades contemporâneas.

A situação chegou neste ponto porque desde Getulio os politicos vem criando leis demagogicas e oportunistas, para sairem bem na foto, e se manterem mamando nas tetas dos bens publico. Nasceu o politico profissional e a informalidade. Sindicatos fortalecem categorias de trabalhadores, quem não faz parte do corporativismo sindical fica desprotegido e relegado as inteperies economicas. Como não é possivel favorecer todos os trabalhadores brasileiros com estas leis demagogicas a informalidade não acaba.

Politicos oportunistas criam leis demagogicas sem se preocupar quem paga a conta e deu no que deu.
Falar em proteção do trabalho sem considerar o problema de forma abrangente é antes de tudo oportunismo e corporativismo, do que solução efetiva e eficaz para os empresários e para os trabalhadores

As esquerdas morimbundas encontram-se desnorteadas como o passarinho hipnotizado pela serpente, a bem da verdade não se pode afirmar que não tiveram a chance de impedir a hecatombe que lhes caiu em cima. Os unicos responsaveis pela situação dramatica que se encontram são os representantes da propria esquerda. Os interminaveis discursos maniquesitas do passado, hoje não fazem mais qualquer sentido.

Como romper com a inércia que mantém as intituladas forças progressistas no mundo em rota descendente e paralisadas por inação incontrolável?

Os equívocos que levaram a situação atual, podem ser sintetizadas: um sindicalismo excludente e indutor de catapultar ao poder seus dirigentes, manutenção da forma de governo que utiliza do fisiologismo como forma de governança, projeto econômico que priorizou o credito para o consumo em vez do credito para a produção e geração de emprego, favorecendo mais uma vez o rentismo em detrimento da produção. E a puxada do tapete definitivo a nova geração de juízes, promotores e delegados de policia não cooptados pelo poder. A opinião publica esta estabelecida em cima de nova catarse que gera repudio ao sistema político de governo tradicional e como consequencia da falência da economia que influi diretamente em sua vida. Diante da ascensão inevitável do conservadorismo, inexiste novo projeto sócio econômico que arregimentasse novamente as pessoas, os grupamentos e as massas da sociedade. A situação atual assemelha-se a uma espécie de limbo, colhe-se os frutos do passado e não se vislumbra o futuro.

A resposta talvez fosse mais simples do que se esperasse.

Até na questão ambiental os equivocos são gritantes e vozes messiânicas insistem em salvar o mundo, invariavelmente escorados em teorias construídas em cima de premissas mal formuladas qdo não definitivamente erradas.
As sociedades no mundo estão configuradas cada vez mais na proposta do consumismo. E logicamente isto não mudara tão cedo. É a conhecida sociedade que necessita gerar cada vez mais lixo. Isto é fato. E porque repudiar o lixo se é ele que torna estável a economia? O mais que se pode fazer é aprimorar a tecnologia da reciclagem e da eliminação dos rejeitos criados pela sociedade.
Alguma coisa mudou no mundo, o pós-guerra mundial, trouxe a guerra fria e o confronto épico de duas vertentes de pensamento sobre governança, a revolução socialista da forma como foi feita se exauriu, o paradigma socialista diluiu-se como nuvem nos ventos espaciais. Necessário enfrentar o presente, olhando para o futuro.

A ideologia  de luta de classes é um ranço do passado, coisa da época romântica de Che Guevara, e seu amigão que tomou conta da ilha no caribe e a mantém até hoje impedida de exercitar alguma coisa parecida com democracia, como acontece com o Brasil, lá nem isto o povo possui. Aqui o arremedo de democracia faz perpetuar no poder os velhos coronelões de sempre. As lutas sindicais os políticos oportunistas que fizeram de tudo para favorecer uma pequena parcela da população em detrimento da Nação. Tudo isto é coisa do passado se quisermos realmente que este Pais se torne algum dia uma grande Nação que dispute com o primeiro mundo um lugar ao sol.

A Nova República (pós-ditadura) está morta! Morreu no dia em que completou 30 anos (1985-2015). A massa rebelada nas ruas (mais de 2 milhões de pessoas, segundo estimativa das polícias militares) falou em impeachment, fora PT e muito (muito mesmo!) em "fim da corrupção". A causa mortis da Nova República decorre de uma série de complicações (econômicas, políticas, sociais, educacionais, eleitorais, "teatrais" etc.), mas a doença de maior eficácia mortífera chama-se cleptocracia, que significa o Estado governado por ladrões pertencentes às classes dominantes ou reinantes, ou seja, as que dominam o poder econômico, financeiro, político e administrativo do País (esses 4 núcleos serviram de base para o Procurador-Geral dividir a criminalidade organizada "complexa" no petrolão).

A cleptocracia, como se vê, não significa qualquer tipo de corrupção ou de roubalheira (que é uma experiência nacional antiga). Trata-se da alta corrupção, da corrupção praticada por quem tem o poder de comandar grande parcela do orçamento público (do Estado brasileiro). Todos os governos da Nova República (governos de Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma) ostentam a imagem de cleptocratas, ou seja, de ladrões (uns mais, outros menos, mas todos os governos receberam essa pecha ou pelo menos todos foram assim percebidos pela população). Luiz Flavio Gomes.

São estranhos esses tempos de vácuo político. O velho morreu, o novo ainda não nasceu. E o que pode vir pela frente é uma incógnita.

Dificil de entender como se pretende crescimento economico, estabilidade financeira a base de forceps, por decreto ou por teoria economica.

A estabilidade economica é consequencia e não causa de uma economia saudável. Estabilidade que até hoje, é forçoso admitir e lamentar, foi uma coisa inexistente no Brasil.

O sonho de consumo da classe média é o de um governo honesto e técnico. Corresponde à sua visão do mundo uma ideologia meritocrática de que a desigualdade social não é em si mesma algo ruim, porque teria fundamentos “naturais”. Por isso, a classe média é atraída pela ideia de um governo esclarecido, até de um déspota, se ele for esclarecido, e estiver cercado daqueles mais competentes para encontrar soluções boas para todos.

Os sindicatos de que provem muito dos atuais governantes, jamais serviram para os interesses da Nação, qdo muito serviram para os interesses da classe que representavam e para os lideres que chegaram ao poder.

As leis trabalhistas seguiram o mesmo caminho, patrocinadas por politicos oportunistas, no primeiro momento deram a falsa impressão de que beneficiavam os trabalhadores, a bem da verdade trouxeram a informalidade e dificuldades para as pequenas e micro empresas.

O Patrão não é o inimigo a ser combatido. È preciso que isto fique muito claro.

O Patrão neste País é também vitima.

Esta ai todo histórico jornalístico contando das agruras que o empreendedor sempre sofreu, vítima dos políticos, dos administradores e fiscais corruptos, que sempre estiveram de tocaia para achacar aqueles que se propuseram a produzir alguma coisa neste País.

O capital não é o monstro. O monstro é o gigantismo do estado, os megas-salarios, a corrupção o sorvedouro que tudo suga em detrimento da saúde da coletividade, a força do coletivo é o individuo e se o individuo tem limitações insuperáveis de crescimento, como é que se pode esperar que a coletividade cresça?

O Estado ideal deveria se situar entre o neoliberalismo e o estatismo. A maquina administrativa deveria ser eficiente e enxuta, tudo isto soa a utopia levando-se em consideração o tamanho da dificuldade que se encontra o Brasil.

O jeitinho brasileiro foi a maneira que o brasileiro encontrou de sobrevivência nesta terra de achaque. 

Até as grandes empresas hoje em dia que terceirizam a mão de obra merecem nossa consideração, porque fazem isto buscando a sobrevivência, e buscando o lucro obviamente. O crescimento do PIB deveria ser consequência do crescimento da produção, repartir o lucro é o que conta. O patrão não é o inimigo, visão tacanha de lutas de classes antiquada e superada, estão ai as cooperativas de gestão dando uma nova perspectiva para a relação patrão empregado.

O funcionário deve ser um aliado do patrão, para haver adoção de novos benefícios é necessário aumentar a receita, a produção, não existe milagre. As grandes empresas se livram destes oportunistas terceirizando, o coitado do pequeno empresário não tem outra saída a não ser diminuir salario ou o numero de empregados.

Da mesma forma que deu sinais de turbinar a indústria e a agricultura, deve faze-lo com o serviço, o mercado interno de consumo. Que se resolva ou o Incentivo em se investir em atividade produtiva, gerando empregos, renda e aumentando a propensão ao consumo, enquanto a taxa básica do BC regular a disponibilidade de recursos bancários para empréstimos e também remunerar a maior parte da dívida pública.

Estamos numa estagnação secular há 30 anos, crescendo a taxas ridículas de 2% ao ano. A agricultura vai bem. O grande problema é a indústria.
A indústria e toda a cadeia do mercado interno e so de pensar em conseguir dar sustentabilidade econômica para este mercado é de desanimar. Porque a agricultura é a única área no Brasil que esta dando certo?
O que sustenta a indústria é um mercado interno forte, esperar uma indústria alavancada principalmente pelas exportações, não da certo nem é suficiente, para manter um crescimento sustentável de longa duração, como não deu certo planos econômicos que focam apenas parcelas do espectro da vida financeira da Nação.

Cerca de quatro milhões de pequenas propriedades rurais empregam 80% da mão-de-obra do campo e produzem 60% dos alimentos consumidos pela população brasileira. No país dos latifúndios, a bem-sucedida produção da agricultura familiar disputa com o agronegócio exportador a atenção do poder público e o reconhecimento de sua participação no desenvolvimento. Aqui se lembra dos carteis dos oligopólios das fusões das mega-empresas com o aniquilamento das pequenas e das medias empresas, da terceirização, enfim do enfraquecimento do mercado interno.

A alta produtividade das pequenas propriedades contrasta com as extensas áreas ocupadas por lavouras de monoculturas e pastagens de pecuária extensiva.

É tão claro a solução que é difícil entender, como se discute tanto o porque do Brasil não dar certo, se a solução esta escancarada na cara de todo mundo. É imprescindível, dotar o mercado interno constituído de pequenas empresas, comercio e serviços, da capacidade de crescimento de que contou o setor agrícola. E ai tem-se que mexer numa 
legislação trabalhista arcaica e uma jurisprudência da justiça do trabalho que viveu as ultimas décadas extorquindo, para penalizar quem pretendeu empreender alguma coisa ou desenvolver qualquer projeto de prosperidade.
É realmente necessario repensar a relação capital trabalho, e não é a intimidação que farão os empresarios se disporem a oferecer direitos trabalhistas, direito subtende-se deveres como reciprocidade, e somente baseada na produção e no resultado que uma relação justa poderia acontecer. O pensamento antiquado e truculento que entende esta relação baseada no confronto  faz com que: - os conflitos acentuaram-se e a humanidade cada vez mais tem o futuro incerto. 

O discurso do conflito como estratégia adequada na relação capital - trabalho se mostrou equivocada e deu errada, um dos efeitos visíveis disto é que extinguem postos de trabalho "contratando máquinas" e que empregam essa "economia" na redução dos preços dos seus produtos, inviabilizando, assim, que a concorrência permaneça empregando mão de obra humana, provocando, no mercado de trabalho, um "efeito dominó".

A intimidação não viabiliza qualquer privilegio, quem da privilegio somente o faz mediante o mérito, excetuando os políticos, obvio, é assim que funciona a democracia e o capitalismo.
Um dos méritos dos tempos de crescimento econômico e das políticas sociais do governo foi garantir que a chamada nova classe média pudesse olhar no longo prazo e planejar o futuro. Segundo especialistas em baixa renda, os 35 milhões de brasileiros que saíram da pobreza tiveram acesso não apenas ao iogurte e ao televisor de 42 polegadas. Finalmente puderam almejar o ensino superior, a casa própria em área com infraestrutura básica e assumir gastos fixos com serviços mais sofisticados - como a internet, que amplia a rede de amigos e as oportunidades de trabalho. Mas a recessão que ronda o País pode comprometer a escalada na pirâmide social.
Durante a crise dos anos 80, ficou famoso o engenheiro que, sem perspectiva de atuar na área, abriu uma lanchonete na Avenida Paulista, em São Paulo, e batizou o local de O Engenheiro que Virou Suco. Souza espera que, após tanto esforço, não se forme para ser o engenheiro que virou chope.
O que há de novo hoje em dia? Um grande contingente que não se enquadra nos modelos acadêmicos. Desde que podem se conectar, adquirem conhecimentos acerca da vida prática de países desenvolvidos, vêm como as coisas acontecem disfuncionaelmente por aqui, seja em que área for, e não se identificam com quaisquer discursos ideológicos proferidos... simplesmente porque eles não cabem em sua experiência cotidiana... detestam sim esse ideário do coitadismos, das bolsas e das cotas, apesar de alguns serem deles beneficiados, porque já sentiram ne pele que  - até pode ser que essa "ajuda" inicial lhes beneficiem - mas depois eles estão por si só e para conseguirem sobreviver é necessário o mérito sim. É necessário que sejam bons, é necessário que sejam desafiados a se superarem.
E o velho discurso do confronto morre por si mesmo.

Novos tempos.